Densidade de população residente em territórios urbanos

Um desenvolvimento territorial mais sustentável implica a criação de núcleos de compactação com uma massa crítica capaz de oferecer serviços e equipamentos interconectados. A nível nacional a EDS de Portugal define metas, tendo o ano de 2020 como horizonte, para qualificar e controlar o processo de urbanização através do crescimento nas grandes áreas metropolitanas. No âmbito regional o PROT-N definiu estratégias para consolidar as polaridades urbanas, promovendo a concentração de atividades e serviços nos diversos níveis de centros urbanos, reforçando a sua urbanidade e estruturando a relação urbano-rural. No território da euro-região a ausência de núcleos urbanos de grande dimensão no interior contrasta com a elevada densidade demográfica que se verifica no litoral. Os municípios da euro-região com uma maior percentagem de população residente em zonas densamente povoadas (ZDP) concertam-se no litoral em redor das áreas metropolitanas de Vigo, A Coruña e Porto, onde residem aproximadamente 32% da população total da euro-região. Em 2011 existiam na euro-região 42 873 aglomerados populacionais distribuídos por uma superfície total de 50 862 km2, dos quais 29 558 pertenciam a Galiza e 13 315 ao Norte de Portugal. Destes 42 873 aglomerados populacionais, 99% possuíam menos de 2000 habitantes correspondendo a 45% da população total da euro-região e 0,2% possuíam mais de 10000 habitantes correspondendo a 41% da população total da euro-região. Nas zonas do interior onde se situam os centros urbanos de importância regional e sub-regional apresentam uma distribuição maioritária da população por zonas medianamente ou pouco povoadas. Como consequência desta elevada concentração populacional, verifica-se um aumento substancial da superfície artificial à medida que nos aproximamos do litoral.

A tendência depende do contexto territorial