Taxa de temporalidade

O trabalho temporário está a ganhar cada vez mais importância no contexto do mercado de trabalho europeu e por este motivo também deve ser analisado no âmbito da euro-região. São cada vez mais as empresas a recorrerem a trabalhadores temporários para dar resposta à pressão da concorrência. Entre 1999 e 2011 a taxa de temporalidade na UE-27 e Portugal aumentou 2,3% e 3,5% respetivamente enquanto em Espanha diminuiu 7,6%. No contexto europeu, o aumento da taxa de temporalidade deve ser visto na perspetiva das elevadas taxas de desemprego e da escassez de trabalhadores qualificados, fatores que exigem uma maior flexibilidade e formas alternativas de emprego. Diversos estudos têm demonstrado que os contratos temporários facilitam a maior parte das transições no mercado de trabalho – mobilidade de um emprego para outro, transição do desemprego para o emprego ou até mesmo integração de estudantes no mercado de trabalho. No entanto existem diferenças significativas entre as legislações nacionais que devem ser analisadas para evitar a transformação do trabalho temporário em “trabalho em segunda mão” de forma a se encontrar o equilíbrio entre as vantagens em termos de flexibilidade, por um lado, e os riscos de insegurança, por outro.

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