Impacto do envelhecimento nas despesas públicas

O processo de envelhecimento progressivo da população é um fenómeno estrutural com uma elevada componente geracional. Embora pareça evidente o benefício do aumento da taxa de fecundidade, no plano económico, a curto e médio prazo este aumento não só não solucionaria os problemas atuais (tais como, os que afetam os sistemas públicos de segurança social) como ainda contribuiria para os agravar, visto que a população nascida nos dias de hoje só se integraria no mercado laboral dentro de 20 a 25 anos, aumentando assim os atuais encargos sociais. Assim sendo, um aumento da fecundidade faria com que a curto e médio prazo se aumentasse a taxa de dependência (número de população jovem e idosa que deve ser sustentada pela população em idade ativa). É desejável a recuperação da taxa de fecundidade na euro-região, mas há que ter em conta que os seus efeitos benéficos apenas se farão sentido a longo prazo. Este fenómeno de envelhecimento tem consequências diretas no despovoamento generalizado que sofrem as áreas do interior da euro-região. Nas décadas recentes, não tem sido o êxodo de população jovem o principal motor do despovoamento do interior, mas sim o saldo vegetativo fortemente negativo, que se verifica nestas regiões.

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